17.3.05

pavlov's dog

"acordou para um dia primaveril, o sol começava a fugir...
assim que sentiu o cheiro das flores que respiravam lá fora,
começou a sufocar, o lugar de afecto fechava se sobre ele.
não evitou a rotina diária, fez tudo sem pensar, sem querer.
fugiu para o jardim de sempre, para o banco de sempre,
debaixo da mesma grande árvore... faz tudo parte do ritual.
sente se seguro e começa a acalmar, sabe do que precisa...
faz tudo muito devagar, vai ficar perfeita, é tudo perfeito.
a viagem já começou sem sequer se ter apercebido...
à medida que expira tudo o resto se mistura com o fumo,
o medo, a angustia, o podre do mundo... tudo esvanece..."